domingo, 22 de outubro de 2017

Ikémen Sengoku - Nobunaga Oda - Capítulo 2

O vídeo traduzido desse capítulo está disponível no YouTube.

*Vídeo das partes 1 a 5 ~ [clique aqui]
*Vídeo das partes 6 a 10 ~ [clique aqui]


 Ao final desse capítulo você encontra a tradução das partes de 1 a 5 narradas pelo ponto de vista dele. 



❖ Parte 1 

Miyu: “Espera—“

Nobunaga ousadamente diminuiu o espaço entre nós. Sorrindo sensualmente, ele acariciou meu lábio com a ponta do polegar.

Nobunaga: “Copos não devem falar. Agora, silenciosamente me deixe beber.”

Nobunaga alcançou o copo atrás dele que estava no parapeito. Ele o colocou nos meus lábios, que se abriram por vontade própria.

(Caramba. Isso realmente está acontecendo?)

Ele inclinou o copo. Algumas gotas doces cobriram minha língua, que estremeceu com o fogo entorpecedor do álcool.

(Isso parece certo e errado ao mesmo tempo. Eu quero....O que eu quero é--)

Nobunaga: “Você finalmente ficou quieta.”

Alguma coisa se acendeu dentro de mim. Nobunaga aproximou-se, seus olhos frios estavam focados em mim.

(Parece que eu não tenho escolha--)

Eu engoli o saquê sem hesitar.

Nobunaga olhou pra mim, processando o que eu tinha acabado de fazer.

(...a não ser mostrar que ele não pode me controlar.)

Eu lambi meus lábios, um sinal de que não havia restado nada.

(Se nós formos nos beijar ou dar uns amassos, será por consentimento mútuo.)

Eu sorri pra ele.

Miyu: “Acho que você vai ter que encontrar outro copo. Esse aqui está vazio.”

Por um momento, sua expressão era indecifrável.

Nobunaga: “Hah! Você é divertida, mulher.”

Nobunaga caiu na risada, sua voz ecoava na noite vazia.

(O que ele sempre acha tão engraçado?)

(Eu acho que todos aqui são mal-educados, mas ele esta no topo da lista.)

Eu o empurrei.

Miyu: “Sim, bem, agora que você já deu uma boa risada, eu estou voltando.”

Nobunaga: “Ainda não”

(Hey!)

Nobunaga acariciou meu lábio novamente. A luz em seus olhos me atraia.

Nobunaga: “Eu não estou disposto a te deixar ir agora.”

(Se ele pensa que pode me manter aqui, ele está muito enganado.)

Opções:

1 - “Mantenha suas mãos longe.” (escolhida) 
2 - “Você não se importa?”
3 - “Você realmente pensa—“

Miyu: “Eu não sou sua para você ficar me tocando, então mantenha suas mãos longe.”

Nobunaga: “Eu não preciso que você seja minha. Eu só estou te pedindo para ser minha diversão da noite.”

(Um homem bárbaro para uma época bárbara!)

Eu senti raiva.

Miyu: “Eu queria já estar de volta ao presente. Eu teria te mandado para prisão muito rápido!”

Nobunaga: “Que?”

Miyu: “Você não pode forçar uma mulher ou qualquer outra pessoa a fazer o que eles não querem! Você é perverso—“

Nobunaga: “O que você acabou de dizer?”

Miyu: “Você é um homem perverso e suas ações essa noite, não, nesses últimos dois dias tem sido—“

Nobunaga: “Antes disso. Você falou sobre voltar ao presente.”

(Oh, droga. Eu não devia ter deixado isso escapar.)

<Lembrança>

Sasuke: “Mais uma coisa. Não se envolva profundamente com as pessoas desse tempo.”

Sasuke: “Dito isso, não se apaixone. Isso pode atrapalhar seu desejo de voltar ao futuro.”

Sasuke: “Eu recomendo você manter o fato de ter vindo do futuro um segredo também.”

<Fim da lembrança>

(Mas honestamente, pouco me importa o aviso do Sasuke no momento.)

(Eu estou lidando com um homem que vive em uma época anterior ao consentimento e eu estou cansada de tentar enfiar isso na cabeça dele!)

Eu respirei fundo e expliquei com a voz mais calma que eu pude.

Miyu: “É como eu te disse antes lá no templo. Eu sou do futuro. Um acidente esquisito me mandou de volta para o seu tempo.”

Miyu: “E deixa eu te dizer, as coisas mudaram muito em 500 anos.”

Nobunaga: “Você está dizendo que isso não é só uma história?”

*Cap. 2 -  (1/10) completo*


❖ Parte 2 

Nobunaga: “Você está dizendo que isso não é só uma história?”

Miyu: “Sim! Eu até tenho provas!”

Nobunaga: “Então me mostre.”

Miyu: “Ohh, espere só e verá!”

Determinada, eu corri para o meu quarto para pegar minha bolsa.

Eu voltei até Nobunaga e mostrei a ele.

Nobunaga: “Que sacola estranhamente ostentosa.”

(É da minha bolsa favorita que você está falando! Oh, o que estou pensando? Essa não é a parte importante.)

Miyu: “Esse tipo de ‘sacola’ é comum de onde eu vim. Mas olha o material. Eu aposto que você nunca viu algo assim.”

Nobunaga silenciosamente pegou a bolsa e a examinou.

Sem dizer uma palavra, ele colocou a mão dentro dela, vasculhando seu conteúdo.

(Seja mais cuidadoso com minhas coisas, vai!)

Nobunaga: “O que é essa boneca misteriosa? Algum tipo de talismã?”

Dentre todas as coisas, Nobunaga puxou o Bearsace para fora da bolsa.

(Eu achei que ele iria no smartphone. Bem, Bearsace é o maior objeto ali.)

Miyu: “Isso é um urso de pelúcia. Ele é macio e perfeito para abraçar. Algumas pessoas o colecionam e os exibem também.”

Nobunaga: “Isso? Um urso? Ele parece mais um guaxinim ou outra peste.”

Miyu: “Ele é um urso, ele é muito fofo, e é seu trabalho espalhar amor e moda pelo mundo. Por isso eu o nomeei de Bearsace!”

Nobunaga: “Bearsace? Um nome incomum.”

Nobunaga passou a mão na orelha do Bearsace e pegou sua pata, movimentando ela para cima e pra baixo.

(Eu acabei de ouvir o famoso guerreiro Nobunaga Oda dizer “Bearsace”. E agora ele está brincando com ele!)

Era uma visão surreal. Eu lutei pra não rir.

Miyu: “Enfim, eu tenho outras coisas aqui.”

Miyu: “Mas todas elas devem ser mais avançadas do que as coisas que vocês podem produzir aqui na sua era.”

Nobunaga: “É verdade.”

Nobunaga: “Então me explique como você viajou até aqui de 500 anos do futuro.”

(Caramba. Okay, hora de invocar meu ninja-astrofísico interior.)

Miyu: “Bem, pra começar, foi um acidente. Tinha essa fenda espacial, e eu tenho certeza que você não faz idéia do que seja.”

Miyu: “Na verdade não era realmente uma fenda. É como um túnel que conecta o tempo. E o tempo em uma extremidade estava comprimido, ou talvez acelerado?”

Miyu: “Enfim, a fenda apareceu e eu caí nela. Bem, eu não caí na verdade.”

Miyu: “Tudo ficou distorcido e branco, e eu me senti tonta. Foi quando—“

Qualquer entendimento que eu tinha em ciência de viagem no tempo escapou quando eu resolvi descrever minhas sensações vagas ao invés de outra coisa.

(Me desculpe Sasuke. Eu não pude fazer justiça à sua explicação.)

Mesmo fazendo gestos, meu relato pessoal da experiência estava apenas me entregando um olhar frio do Nobunaga.

(Ele não está entendendo. Eu queria ter o Sasuke aqui para explicar!)

Eu me senti uma idiota e estava pronta para desistir, mas Nobunaga me interrompeu.

Nobunaga: “Eu acho que entendi.”

*Cap. 2 – (2/10) completo*



❖ Parte 3 

Nobunaga: “Eu acho que entendi.”

Miyu: “Você entendeu isso? Verdade?”

Nobunaga: “Eu tenho a idéia básica.”

Nobunaga:“Essa fenda espacial é uma ocorrência anormal no mundo natural. Você entrou em uma extremidade e passou através dela até chegar aqui, correto?”

Miyu: “Sim.”

Nobunaga: “E isso é viagem no tempo, uma jornada que não tem intervalo de distância, mas de espaço e tempo.”

Nobunaga: “É considerado fantasioso até mesmo no seu tempo, mas de alguma forma você conseguiu fazer isso.”

Nobunaga: “Eu compreendi tudo?”

Miyu: “É isso. Estou impressionada.”

Nobunaga disse tudo aquilo com um destacamento frio e inteligente. Eu olhei pra ele maravilhada.

(Eu já havia lido histórias de viagem no tempo e até pensei que fosse um sonho no começo.)

Miyu: “Você acredita em mim agora?”

Nobunaga: “O que há para acreditar? Você está dizendo a verdade.”

Nobunaga pegou meu smartphone e começou a examinar.

Nobunaga: “Esse formato parece ser baseado em um molde. Eu imagino que isso é um item comum.”

Nobunaga: “O material parece metal, sem nenhuma textura de ferro ou lata. Meu mundo não pode produzir algo assim.”

(Ele com certeza está fazendo um bom trabalho em analisar isso.)

Miyu: “E isso é suficiente pra você? Você aceita que eu viajei 500 anos no passado para o seu tempo?”

Nobunaga: “Você quer ser acreditada ou não?”

Miyu: “Oh, eu quero. Mas você está menos surpreso do que eu estava quando descobri.”

Nobunaga: “Eu conversei bastante com um missionário português. O ocidente tem um sistema para contar o tempo que é diferente do nosso.”

Nobunaga: “Seus dias são divididos em 24 horas de igual comprimento. Ele também disse que a Terra é redonda. Até agora suas explicações fizeram sentido.”

(É mesmo. Nesse período, o Japão ainda acreditava que a Terra era plana. Mas Nobunaga já aceitou que não é.)

Nobunaga: “Apesar de nós os chamarmos de bárbaros, seus estudos escolares são mais avançados que os nossos.”

Nobunaga: “Além do vasto oceano encontra-se ainda mais conhecimento, que eu ainda tenho que compreender.”

Nobunaga: “Parece lógico que seja o mesmo com 500 anos no futuro .”

Nobunaga: “Por que eu deveria duvidar da possibilidade de viajar no tempo se eu não posso negar isso concretamente?”

(Eu pensei que ele fosse só um senhor da guerra com fome de poder, mas ele tem uma mente voltada a ciência e um QI bem alto!)

Minha admiração por Nobunaga estava crescendo.

Eu podia ver como o homem na minha frente passou a ser uma figura tão famosa na história.

Nobunaga: “Você vai retornar ao seu tempo?

Miyu: “Sim, eu vou. Outra fenda vai abrir em 3 meses.”

Miyu: “Eu não tenho certeza, mas eu acho que vai ser em Kyoto, onde eu cheguei.”

Nobunaga: “Bom. Nesse caso—“

Inclinando-se para o lado, Nobunaga sorriu maliciosamente.

Nobunaga: “Se você deseja partir e ir para Kyoto em 3 meses, você deve fazer uma aposta comigo.

*Cap. 2 – (3/10) completo*



❖ Parte 4 

Nobunaga: “Se você deseja partir e ir para Kyoto em 3 meses, você deve fazer uma aposta comigo.

(Uma aposta? Por que eu preciso fazer isso?)

Nobunaga: “Você conhece Go?”

Miyu: “O jogo de tabuleiro com as peças preto e branco? Eu já ouvi falar nele, mas nunca joguei.”

Nobunaga: “Eu vou te ensinar. E então, quando eu pedir, você e eu devemos jogar.”

Nobunaga: “Se você conseguir me derrotar em apenas um jogo, eu vou cuidar pessoalmente para que você chegue a tempo em Kyoto para sua fenda espacial.”

Miyu: “Isso não parece ruim.”

Eu estava quase comovida pelo seu pequeno ato de gentileza. Até que eu me lembrei.

(Espera, o que acontece se eu perder?)

Miyu: “E se eu não ganhar um único jogo?”

Nobunaga: “Toda vez que você perder um jogo, eu vou adquirir uma parte do seu corpo como minha.”

Nobunaga: “Isso significa que eu serei livre para tocar ou beijar essa parte.”

(O queeeeeeee?)

Nobunaga: “Eu não teria nenhum prazer em usar a força.”

Nobunaga: “Então eu farei você se submeter a mim voluntariamente, parte por parte, até eu te conquistar completamente.”

(Ele pensa que eu sou o mapa do Japão?!)

Miyu: “Se é assim que vai ser, então eu não vou aceitar sua aposta.”

Nobunaga: “Se você não concordar, você não irá voltar em 3 meses. Eu vou te trancar nas profundezas das masmorras de Azuchi e te deixar lá.”

Miyu: “Você está me ameaçando? Como isso é justo?”

Nobunaga: “Não é. Naturalmente.”

Miyu: “E se eu decidir que prefiro estar trancada nas masmorras?”

Nobunaga: “Isso iria me decepcionar. Você é a primeira mulher a me recusar ou gritar comigo. Eu quero você.”

(Ele é tão irritante! Então porque tem uma parte de mim que pensa que perder não deve ser tão ruim?)

Estava claro pelo seu olhar frio que ele me via como nada mais do que uma presa para se brincar antes de matar.

Mesmo assim, eu não pude deixar de imaginar como seriam seus beijos—

Miyu: “Você vai parar quando eu te pedir para parar? Toda vez?”

Nobunaga: “Uma condição intrigante. Muito bem, eu aceito.”

Nobunaga: “Agora, se você quiser voltar para o seu tempo, assuma o risco e me desafie, Miyu.”

Miyu: “Tudo bem. Mas não tenha tanta certeza que vai ganhar.”

(Eu não sei como jogar Go, mas eu posso aprender. Especialmente se for minha única maneira de voltar ao presente.)

Nobunaga: “Vamos começar o primeiro jogo.”

Miyu: “Não podemos começar agora! Eu não sei as regras!”

Nobunaga: “Eu disse que vou te ensinar. Tem dois lados, preto e branco. Você joga colocando as peças no goban, o tabuleiro, em seqüência—

Nobunaga tirou um tabuleiro grande e duas vasilhas cheias de pedras pequenas e lisas.

Apesar de ele continuar a explicar como jogar, havia um monte de regras, e eu estava muito nervosa para absorver tudo.

Nobunaga: “Quem conseguir o maior número de pedras e possuir a maior parte dos territórios ganha no final. Você entendeu?”

Miyu: “Eu acho que entendi a maior parte.”

Nobunaga: “Então vamos começar.”

(Eu não tenho nem uma partida de treino?)

Longos dedos colocaram uma pedra preta no tabuleiro com um barulho alto.

(Estou jogando como branco então. É imprudente, mas eu tenho que fazer isso.)

Eu peguei uma peça branca da vasilha e procurei pelo melhor lugar para colocá-la no longo tabuleiro.

Nós não falamos. Estava perfeitamente quieto, fora o barulho das pedras. Não demorou muito até que a última foi colocada.

Nobunaga: “Eu venci.”

*Cap. 2 – (4/10) completo*



❖ Parte 5 

Nobunaga: “Eu venci.”

(Esse foi o jogo mais unilateral que eu já joguei.)

Eu terminei o jogo com pouco mais de meia dúzia de pedras capturadas e nem um único pedaço de território em meu nome.

Miyu: “É claro que você ganhou! Eu sou completamente novata! Não passou pela sua cabeça pegar leve comigo?”

Nobunaga: “Eu nunca pego leve com ninguém.”

Nobunaga: “Nem no Go, e nem na batalha.”

Nobunaga: “Uma promessa é uma promessa. Essa noite, eu acho que vou pegar isto.”

Nobunaga agarrou a mão que eu estava colocando as peças.

(Minha mão? Eu pensei que ele fosse pegar algum lugar mais ousado.)

Nobunaga: “A partir de hoje à noite, sua mão é minha.”

Levando minha mão até seus lábios, ele beijou a ponta dos meus dedos. Eu senti uma faísca.

(Então, ele é um bom beijador. Não, o que eu estou pensando? Isso é loucura!)

(Mas, eu não estou com tanta raiva como pensei que estaria. A sensação é boa.)

Seus lábios eram macios, contrastando com a maneira bruta que ele pegou minha mão, e distribuiu beijos rápidos e selvagens por toda parte dela.

Meus dedos começaram a latejar, e o calor dos seus lábios começou a acender um fogo dentro de mim. Eu queria que ele me tocasse mais.

Miyu: “Eu acho que já é o suficiente.”

Nobunaga: “Por quê?”

Miyu: “P-porque—“

Ele pegou meu dedinho nos seus dentes. Eu estava começando a me sentir muito bem agora.

Um choque percorreu todo o meu braço. Ele estava usando a língua agora.

Miyu: “Mmm!”

(Droga! Eu deixei isso escapar muito fácil!)

Eu bati minha mão na boca, mas já era tarde.

Nobunaga: “Eu acho que agora vejo o porquê.”

Miyu: “N-Não! Não é o que você está pensando!”

Nobunaga: “Eu estou pensando sobre onde será o próximo local que irei pegar.”

Ele percorreu um monte de beijos sobre minhas unhas como um ato final antes de me soltar.

(Isso foi....impressionante. Mas é também Nobunaga! Gah!)

Eu trouxe a mão até o peito, cobrindo-a com a outra mão, como se fosse um escudo.

Nobunaga: “Eu me pergunto. Eu vou te ter toda, ou você vai escapar?”

Miyu: “Eu posso te assegurar que as coisas não vão ser do seu jeito!”

Nobunaga: “Esse é o espírito. Continue lutando.”

Nobunaga: “E melhore seu jogo, Miyu.”

Miyu: “Eu não preciso que você me diga isso. Boa noite!”

Eu me levantei para sair.

(Tanta coisa aconteceu que eu me esqueci do porque vim até aqui em primeiro lugar!)

Miyu: “Eu ia dizer isso antes, mas obrigada por salvar minha vida.”

Nobunaga: “Que?”

Miyu: “Mas não fique convencido, porque eu vou ganhar o próximo jogo!”

Eu não olhei pra trás antes de sair.

Nobunaga: “Ela veio até aqui pra me agradecer?”

Nobunaga: “Me agradecer com tanta raiva em sua voz. Que mulher estranha.”

................

(Isso foi revoltante! Como ele consegue me fazer sentir tão quente e tão incomodada quando eu não consigo suportá-lo?!)

Eu mordi meus lábios, soltando um suspiro de frustração.

Os seus dentes deixaram marcas visíveis na minha pele. Essas marcas impertinentes pulsavam como uma chamada do desejo dentro de mim.

Eu disse para mim mesma que o que eu sentia era raiva. Se eu estava corada e meus batimentos acelerados, era porque eu estava furiosa.

(Eu vou vencê-lo e mostrar a ele! Então eu vou sair desse lugar e voltar para o presente!)

Apertando firme meus punhos, eu estava disposta a deixar para trás o prazer que havia sentido.

Eu não dormi bem aquela noite e acordei cedo na manhã seguinte.

Eu estou tão cansada que não consigo pensar. Mas eu preciso.

(A primeira coisa a fazer é aprender como ganhar no Go.)

Eu tinha acabado de me vestir quando ouvi alguém na porta.

???: “Com licença, Miyu. Nós podemos entrar?”

(Nós? Bem, um deles soa como o Mitsunari.)

Eu respondi afirmativamente e me virei para a porta.

Mitsunari: “Bom dia. Eu ouvi sobre a aposta.”

Hideyoshi: “Você tem muita coragem em desafiar Lorde Nobunaga em um jogo de Go.”

(Então eles sabem. Talvez possam me ajudar?)

 ❖ Próxima parte: Eu estava me acostumando com a vida em Azuchi. Fazendo amigos e aliados na minha busca para derrotar Nobunaga.
(Eu não vou perder pra ele de novo. Ele pode dar adeus ao seu jogo de beijos!)
No nosso jogo de vingança, ele estava pronto. Mas eu estava?
“Você não pode ter esquecido que eu já ganhei sua mão?”

*Cap. 2 – (5/10) completo*


                          
❖ Parte 6 

???: “Com licença, Miyu. Nós podemos entrar?”

(Nós? Bem, um deles soa como o Mitsunari.)

Eu disse para ele entrar. A porta de tela se abriu.

Mitsunari: “Bom dia. Eu ouvi sobre a aposta.”

Hideyoshi: “Você tem bastante coragem em desafiar Lorde Nobunaga em um jogo de Go.”

(Então eles sabem. Talvez possam me ajudar?)

Miyu: “Nobunaga contou pra vocês?”

Hideyoshi: “Nós ouvimos tudo quando fomos cumprimentá-lo essa manhã.”

Eu soube que Nobunaga contou tudo a eles o que aconteceu noite passada, exceto sobre eu ser uma viajante do tempo.

Mitsunari: “Eu não sabia que você podia jogar Go, Miyu.”

Miyu: “Eu não posso. Sou uma iniciante, e isso vai ser um problema.”

Hideyoshi: “O que? Então por que aceitou?”

Opções:

1 - “Ele me ameaçou”
2 - “Eu não pude recusar”
3 - Não contar a ele. (escolhida) 

(Porque ele disse que iria me jogar na masmorra se eu não aceitasse!)

(Mas reclamar sobre o Nobunaga não vai me fazer obter nenhuma ajuda deoHideyoshi.)

Meus dedos começaram a latejar de novo. Eles fizeram isso várias vezes desde a noite passada, relembrando as provocações afetuosas do Nobunaga.

(Que eu vou esquecer de novo! Nesse momento, eu preciso de uma estratégia.)

Miyu: “De qualquer forma, eu preciso aprender como derrotá-lo. Vocês dois podem me ajudar?”

Mitsunari: “Eu posso tentar e te ensinar uma coisa ou duas.”

Miyu: “Verdade?”

Mitsunari: Eu jogo um pouco, mas se isso for te ajudar—“

Hideyoshi: “Mitsunari, não seja modesto. Você é o segundo melhor, perde apenas para o nosso Lorde.”

(Isso significa que ninguém aqui é melhor que Nobunaga. Droga.)

(Mas, se Mitsunari é minha melhor tentativa, então eu vou implorar se precisar. Eu preciso derrotar Nobunaga.)

Miyu: “Seria de grande ajuda. Você pode me ensinar por favor, Mitsunari? Eu não me importo de aprender conforme sua agenda.”

Mitsunari: “Claro. Será um prazer."

(Excelente!)

Hideyoshi: “Não ocupe muito do tempo dele, Miyu. Vocês dois tem trabalhos a fazer.”

Miyu: “Não vou. Mas sobre esse assunto—“

<Lembrança>

Nobunaga: “Passe seus dias na maquiagem, ou cartas e jogos se você preferir.”

(Então supostamente eu devo passar meus dias vagabundeando por aí por 3 meses fazendo coisas ‘femininas’?)

Miyu: “Não obrigada. Eu vou ficar louca se isso for tudo que eu tiver que fazer.”

Nobunaga: “Que assim seja. Então eu te nomeio minha Chatelaine.”

<Fim da lembrança>

..........

(Foi dado á mim o trabalho de Chatelaine, mas eu ainda não sei o que isso envolve.)

Miyu: “Qual a descrição do meu trabalho, exatamente?”

Hideyoshi: “Então, você finalmente está levando á sério sobre trabalhar aqui?”

Miyu: “Foi o que eu quis dizer. E eu não quero acabar devendo nada para ninguém pelo quarto e pelo conselho.”

Mitsunari: “Eu acho que sua determinação é admirável.”

(Na minha era, é assim que o mundo caminha quando você é um adulto.)

Hideyoshi: “O que você faz aqui vai depender do que você tem habilidade.”

(É design de moda, mas eu aposto que eles não têm muito uso para essa habilidade.)

Miyu: “Eu faço roupas. Tem sido meu hobby por muito tempo, e eu estava próxima de fazer isso profissionalmente.”

Hideyoshi: “Oh, então você costura, não é?”

Mitsunari: “Tenho certeza que as costureiras do castelo vão adorar receber sua ajuda.”

Miyu: “Então, meu trabalho será ajudá-las?”

Hideyoshi: “Sim, se isso parecer bom pra você. Quanto mais mãos melhor.”

(Nada mal, Miyu! Isso é perfeitamente ideal pra mim.)

(Eu posso aprender algumas técnicas para fazer Kimonos tradicionais enquanto estou aqui!)

Eu estava eufórica. Aprender as técnicas desse período com as pessoas que vivem aqui era um sonho se tornando realidade.

Miyu: “Muito obrigada, Hideyoshi! Isso vai ser ótimo! Eu não posso esperar pra começar!”

Hideyoshi: “Oh, um, bem, de nada.”

*Cap. 2 – (6/10) completo*


❖ Parte 7 

Miyu: “Muito obrigada, Hideyoshi! Isso vai ser ótimo! Eu mal posso esperar pra começar!”

Hideyoshi: “Oh, um, bem, de nada.”

Mitsunari: “Você realmente deve gostar muito de fazer roupas.”

Miyu: “Eu gosto! Veja, começou com uma amiga que me pediu para fazer algo para ela. Enfim, longa história, resumindo, ela realmente gostou.

Miyu: “Foi quando eu decidi, ‘é isso’. Isso é o que eu quero fazer da minha vida.”

Eu tive esse sentimento quando ela me agradeceu. Era como se alguma coisa florescesse dentro de mim.

Miyu: “De qualquer forma, eu vou ver as costureiras. Não se esqueça das nossas lições de Go, Mitsunari!”

Mitsunari: “Não vou.”

Hideyoshi: “Vai com calma, Miyu. Não tente fazer muitas coisas de uma só vez.”

E foi assim que eu encontrei um emprego temporário para os meus 3 meses aqui em Sengoku.

Alguns dias depois—

(Aqui é onde Masamune vive?)

Segurando um pacote que continha um kimono recentemente costurado, eu parei na entrada da residência de Masamune.

Miyu: “Com licença, Masamune?”

Eu chamei para anunciar minha presença antes de abrir a porta.

Masamune: “Aí está você, Miyu. Eu estava te esperando.”

Mitsuhide: “Eu ouvi que você se juntou às costureiras. Trabalhando bastante?”

(Oh, veja, tem uma cobra aqui.)

Eu entrei vagarosamente, cautelosa com Mitsuhide.

Eu desembrulhei o pacote e estendi o kimono no tatami para Masamune olhar.

Miyu: “Você queria algo que não fosse restritivo, então eu cortei o tecido nas suas medidas ao invés de usar o tamanho padrão.”

Miyu: “Isso deve impedi-lo de cair. E os pontos são resistentes, então a costura deve agüentar mesmo quando você estiver em ação.”

Masamune: “Nada mal, moça!”

Ele levantou o traje e o examinou com um sorriso.

(Meu primeiro cliente de Sengoku satisfeito! Estou feliz que ele tenha gostado.)

Eu senti uma coceira atrás do meu pescoço e me virei para ver Mitsuhide me observando, com olhos estreitos.

Mitsuhide: “Você parece estar se adaptando bem aqui.”

Miyu: “Estou fazendo algum progresso aqui e ali. Só isso.”

Mitsuhide: “Progresso é bom.”

(Seu sorriso é tão assustador! É como se ele estivesse puxando meus pensamentos mais profundos do meu coração e lendo eles!)

Mitsuhide: “Espero que você esteja fazendo progresso nas suas técnicas de Go também.”

Miyu: “Como você sabe?”

Masamune: “Eu ouvi também. Você fez uma aposta com Nobunaga?”

Miyu: “Oh. Vocês dois ouviram?”

Masamune: “Não fomos os únicos. Os vassalos estão comentando também.”

Masamune: “Não é todo dia que alguém compra briga com o Nobunaga do nada.”

(Comprar uma briga? Não foi isso que aconteceu!)

Mitsuhide: “O que você diz, Masamune? Gostaria de fazer uma aposta comigo?”

Mitsuhide: “Eu aposto que nossa pequena costureira irá cair de joelhos por Nobunaga, só pra ser deixada aos prantos depois.”

Miyu: “Eu? Fazer uma dessas coisas? Eu acho que você vence essa, Masamune.”

Masamune: “Ela está certa, Mitsuhide, essa é muito fácil pra eu vencer.”

Masamune: “Eu aposto que antes de ele ter a chance de fazê-la chorar, eu invisto e a faço ser minha.”

(ARGHH!)

Miyu: “Eu aposto com vocês dois que o mundo vai acabar antes de eu me apaixonar por Nobunaga Oda!”

Os dois ficaram espantados em silêncio—

*Cap. 2 – (7/10) completo*



❖ Parte 8 

Miyu: “Eu aposto com vocês dois que o mundo vai acabar antes de eu me apaixonar por Nobunaga Oda!”

Os dois ficaram espantados em silêncio por um curto período de tempo.

Masamune: “Você tem coragem. Eu sabia que não estava errado sobre você.”

Mitsuhide: “Nós vamos ver quanto tempo você vai agüentar.”

Eu olhei para os dois homens sorridentes e levantei.

Miyu: “Bom dia para vocês dois!”

(Eles podem tratar isso como uma piada, mas meu futuro e meu presente estão em risco!)

Masamune: “Antes de você sair, obrigado pelo kimono! Eu vou me lembrar disso quando for te roubar.”

Mitsuhide: “Eu acho que você vai ficar desapontada com sua aposta, mas dê o seu melhor.”

(.....Guerreiros tagarelas.)

Eu não queria voltar ao castelo de Azuchi, então eu decidi passar algum tempo na cidade do castelo.

(Eles podem falar o que quiserem. Se Nobunaga é um mestre em Go, eu só preciso me tornar uma também!)

Todos os dias eu estou passando uma hora com o Mitsunari aprendendo a jogar. Eu já sei muito mais do que sabia na primeira noite.

E para minha surpresa, após dias de prática, eu achei o jogo bem divertido.

Nobunaga não havia me chamado para uma revanche, mas eu estava preparada para quando ele o fizesse.

(Eu não vou perder para ele de novo. Ele pode dar adeus ao seu jogo de beijos!)

Eu tinha me empolgado e nem estava prestando atenção na cidade ao meu redor.

???: “Miyu, espere!”

(Essa voz!)

Eu parei e me virei. Um rosto familiar e inesperado estava acenando para mim.

Sasuke: “Aqui!”

Miyu: “Sasuke!”

Parecia que ele estava fazendo compras, ele estava carregando um monte de pacotes embrulhados. Eu corri até ele.

Miyu: “Engraçado te encontrar aqui.”

Sasuke: “Me desculpa ter te deixado sozinha por tanto tempo. Você está se adaptando?”

Miyu: “Bem o suficiente.”

(Ele não está vestido como um ninja hoje. Será que é seu dia de folga?)

Havia um outro homem com Sasuke, um homem que eu reconhecia.

Yuki: “Oh, huh. É você.”

(O surpreendente homem bonito de olhos castanhos do penhasco!)

<Lembrança>

Miyu: “Obrigada por me salvar.”

???: “Eu não preciso de agradecimentos, só me dê algum espaço!”

Miyu: “C-certo.”

Yuki: “Não por aí.”

Miyu: “Eu só estou te dando algum espaço.”

Yuki: “Bem, cuidado. Essa pedra está solta.”

Miyu: “Olha, me desculpa, esta bem? Estou tendo uma noite difícil.”

Yuki: “Hey, eu não estou bravo com você, okay?”

Yuki: “Desculpe por ser meio grosso. Vem, eu vou te ajudar.”

<Fim da lembrança>

(E também aquele que poderia melhorar seus modos.)

Sasuke: “Yuki, você se lembra da Miyu, não é?”

Miyu: “Eu com certeza me lembro de você. Obrigada novamente por ter me salvado.”

Yuki: “Eu só estava lá. Isso é tudo.”

Yuki: “Então, você é de Azuchi?”

Miyu: “Oh. Sim, eu tenho um lugar aqui. Você sabe—“

(Sasuke contou alguma coisa pra ele? Ele sabe que nós somos do futuro?)

Sem saber o que dizer, eu olhei para o Sasuke buscando ajuda.

Sasuke: “A família dela é dessa região. Ela viveu aqui a vida toda. Ela estava visitando Kyoto para ver um parente em serviço ali.”

Yuki: “Hum.”

(Ufa! E agora eu tenho uma história. Ótimo. Eu não queria meter os pés pela língua.)

Eu dei um sorriso enorme para o Sasuke em agradecimento.

(Obrigada, Sasuke!)

Yuki: “Hey, Sasuke. É melhor você se cuidar perto dessa aí.”

Sasuke: “Você quer dizer a Miyu?”

Yuki: “Sim. Faz um tempo que ela está te olhando como se você fosse um almoço.”

*Cap. 2 – (8/10) completo*



❖ Parte 9 

Yuki: “Faz um tempo que ela está te olhando como se você fosse um almoço.”

(Oh meu deus, que?)

Miyu: “Como é?! Eu não estou não.”

Yuki: “Você vai negar isso? Por que aquele foi um olhar de 'venha me pegar', se é que eu já vi um.”

Miyu: “Bem, eu acho que você nunca viu um, porque o que eu estava fazendo era perfeitamente inocente!”

Miyu: “Ugh, por que você está me tratando como se eu fosse alguma criminosa?”

Yuki: “Talvez seja porque você está tentando seduzir meu amigo aqui.”

Miyu: “Pela última vez, eu não estou! Quão estúpido você deve ser para pensar que isso é sedução?”

Yuki: “Quem você está chamando de estúpido?”

Sasuke: “Por favor, vocês dois.”

Sasuke pisou entre Yuki e eu antes que as coisas ficassem feias.

Yuki: “Sasuke, eu vou na frente. Não deixa ela te levar na conversa. Você vai se arrepender.”

Segurando seus pacotes, Yuki rapidamente seguiu em frente.

Miyu: “Ele acabou sendo bem pior do que a primeira impressão que eu tinha dele."

Sasuke: “Yuki é um bom homem, só não é bom em conversas.”

(Ele é um saco. Tudo bem, Sasuke. Você pode dizer isso.)

Miyu: “Então, ele é um ninja também?”

Sasuke: “...Não. Ele é um mercador viajante. E eu considero ele um amigo.”

Miyu: “É mesmo?”

(Eu vou deixá-lo em paz se ele é amigo do Sasuke. E ele salvou minha vida.)

(Ainda assim, estou pensando que eu gostaria que a próxima pessoa que for salvar minha vida seja legal de verdade.)

Miyu: “Hey, Sasuke? Próxima vez que você ver o Yuki, diga a ele que eu sinto muito por tê-lo chamado de estúpido.”

Sasuke: “Eu irei. E tenho certeza que ele também se arrepende de ter dito aquelas coisas sobre você.”

Miyu: “Talvez. Oh, mas eu não estava te dando um olhar de 'vem me pegar', caso você esteja se perguntando.”

Sasuke: “Eu entendi o que você estava tentando me dizer.”

(Isso é um alívio.)

Sasuke: “Estou feliz de ter te encontrado. Eu queria ver como você estava”

Sasuke: “Como está a vida no castelo de Azuchi?”

(Ai cara. Como posso descrever?)

Miyu: “A vida está boa. Mais que boa. Eu tenho um emprego perfeito e todos são bons comigo. Só tem um grande problema.”

Eu expliquei a ele sobre minha aposta com Nobunaga.

Sasuke: “Nobunaga Oda parece um tirano pior do que a história descrevia.”

Miyu: “Não é? Muito obrigada por concordar! Se eu disser uma palavra ruim sobre Nobunaga, Hideyoshi explode.”

(É tão bom ter um amigo do presente que não é membro do fã clube do Nobunaga.)

Sasuke: “Por via das dúvidas, você tem que ter um jeito de se proteger dele.”

Miyu: “Você acha que eu preciso ir tão longe?”

Sasuke: “Se você perder essa próxima fenda, você poderá nunca mais voltar ao presente.”

(Q-Quê? Nunca mais voltar?)

Sasuke estava sério. Eu senti meu estômago embrulhar.

Sasuke: “Pelos meus cálculos, a fenda vai aparecer perto de Honno-ji.”

Sasuke: “Em 3 meses, não importa o que estiver em nosso caminho, nós temos que chegar até Kyoto.”

Miyu: “S-sim.”

Sasuke: “Se você acha que Nobunaga irá te prender, use isto antes que ele tenha chance.”

Sasuke me entregou uma pequena esfera que cabia perfeitamente na palma da minha mão.

Miyu: “Isso parece uma bola de borracha.”

Sasuke: “É uma bomba de fumaça. Você ativa ela jogando-a no chão. Isso vai produzir fumaça em um raio de cinco metros em todas as direções.”

Miyu: “Oh, wow, assim como os ninjas usam! Eles te ensinaram isso durante o treinamento?”

Sasuke: “Não. Eu inventei o método alguns anos atrás após assistir alguns tutoriais online.”

(Isso é ainda mais impressionante.)

Sasuke: “Aqui. Esses são pregos de chão. Espalhe-os no chão para deter perseguidores.”

Sasuke: “As pontas são afiadas e eles fazem muito barulho, então os mantenha na bolsa até você estar pronta para usá-los.”

Miyu: “Obrigada. Eu me sinto muito bem defendida agora.”

(Eu já recebi alguns presentes bem estranhos de homens no passado, mas uma bomba de fumaça e pregos de chão devem estar no topo da lista.)

(Mas, nesse momento, eu não gostaria de mais nada.)

Eu estava honestamente feliz em ter Sasuke cuidando de mim.

Sasuke: “Tem uma última coisa que tenho que te dizer.”

Miyu: “O que é?”

Sasuke examinou a multidão. Ele baixou a voz para um sussurro.

Sasuke: “Tem boatos de que irá acontecer uma guerra em breve, uma grande.”

*Cap. 2 – (9/10) completo*



❖ Parte 10 

Sasuke: “Tem boatos de que irá acontecer uma guerra em breve, uma grande.”

Miyu: “...Grande quanto?”

Sasuke: “Grande o suficiente para que você não esteja segura nem dentro do castelo.”

Sasuke: “Se você puder, encontre um forte aliado entre os vassalos de Nobunaga. Alguém que possa te proteger, se isso acontecer.”

Miyu: “Está bem. Eu irei. Eu consigo pensar em duas possibilidades.”

Sasuke: “Eu irei vê-la de novo em breve.”

Sasuke arrumou seus pacotes e saiu na mesma direção que Yuki.

(Eu deveria estar com medo, mas no momento, eu não consigo imaginar uma guerra enorme.)

(A batalha em que eu estava no outro dia era em um pequeno território. Como seria um confronto real entre dois lados grandes?)

Quanto mais difícil era imaginar, mais eu me perguntava como eu poderia ficar segura.

Eu escondi as coisas que Sasuke me deu e foquei minha mente para o meu problema mais imediato.

Aquela noite, no castelo de Azuchi—

Dama de Companhia: “Com licença, Srta. Miyu?”

Miyu: “O que foi?”

Eu já havia me trocado com algo mais leve para ir pra cama, quando uma das criadas entrou no quarto.

Dama de Companhia: “Lorde Nobunaga está te chamando. Ele deseja te ver no tenshu.”

Miyu: “Hoje a noite é a noite. Eu entendo.”

(Ele me deixou esperando durante dias só pra me chamar quando eu estava pronta pra ir pra cama.)

Eu bufei um suspiro, lembrando do sorriso dele de: "não aceito um não como resposta".

(Mas se Nobunaga pensa que pode me pegar desprevenida, ele está errado. Hoje a noite é a noite!)

(Se eu perder e ele tentar qualquer coisa estranha, eu tenho a bomba de fumaça. Estou bem.)

Guardando a bomba de fumaça longe em segurança, eu segui em direção ao quarto do Nobunaga.

Ele estava esperando por mim, Inclinado no descanso de braço. Ele olhou para mim e sorriu.

Nobunaga: “Sente-se, Miyu.”

(Ora, sim, é uma noite adorável, Nobunaga! Bem, eu não vou deixar sua grosseria me fazer perder o foco.)

Miyu: “Podemos começar?”

Eu sentei em frente ao goban com ele sentado do outro lado.

Mas Nobunaga aproximou-se e pegou minha mão direita. A mão dele estava quente no ar da noite.

Miyu: “O que você pensa que está fazendo antes do jogo?”

Nobunaga: “Você não pode ter se esquecido que eu já ganhei sua mão?”

(Oh, isso vai me distrair! Aguente, Miyu. Aguente.)

Nobunaga beijou as costas da minha mão.

O calor dos seus lábios na minha pele fez meu coração começar a bater mais rápido. Aquele sentimento engraçado no fundo da barriga começou novamente.

Nobunaga: “Que parte de você eu devo pegar hoje?”

Nobunaga: “E mais importante, eu imagino se você vai gemer daquele jeito novamente quando eu fizer isso, Miyu?

............

**Love challenge – vestuário**

(Premium – 300 moedas)
(Normal – 150 moedas ou 3500 de ouro)

(NT: vou seguir a tradução com a história bônus que você ganha quando adquire o vestuário Normal)


❖ História Bônus - Normal 

Quando eu me sentei em frente ao goban, Nobunaga pegou minha mão direita.

Miyu: “O que você pensa que está fazendo antes do jogo?”

Nobunaga: “Você não pode ter se esquecido que eu já ganhei sua mão?”

(Oh, isso vai me distrair! Aguente, Miyu. Aguente.)

Nobunaga beijou as costas da minha mão.

Nobunaga: “Que parte de você eu devo pegar hoje?”

Nobunaga: “E mais importante, eu imagino se você vai gemer daquele jeito novamente quando eu fizer isso, Miyu?

Miyu: “....Para.”

Ele parou. Eu puxei minha mão.

Nobunaga: “Você está ansiosa para jogar. Vamos começar.”

Nobunaga estava jogando com a pedra preta novamente. Ele fez o primeiro movimento, colocando sua pedra no tabuleiro.

A essa altura, eu já estava acostumada com o barulho das pedras. Na verdade, eu achava o som agradável.

(Se eu espalhar pelo meio muito rápido, eu vou ser capturada. O importante é construir meu território.)

(O goban é quase um quadrado. Começando pelos cantos te dá mais espaço para trabalhar.)

Nobunaga: “Você está demorando muito tempo nos seus movimentos essa noite.”

Miyu: “Isso é um problema?”

Eu respondi irritada. Nobunaga apenas sorriu para mim. Ele parecia feliz.

Nobunaga: “Não. Leve o tempo que quiser.”

(Eu esperava que ele fosse me apressar na tentativa de me derrubar. Mas ele estava jogando justo.)

Seus olhos não eram calorosos, e estava claro que Nobunaga jogava pra valer.

Ainda assim, havia uma parte dele que ainda tratava aquilo como um jogo. Ele observava cada um dos meus movimentos, ansioso para dar uma resposta.

(Claro, se Nobunaga realmente quisesse ser amigável, ele não teria transformado isso em um jogo distorcido de strip Go.)

Estava difícil me concentrar. Eu coloquei minha pedra branca no canto.

O jogo foi se movendo mais lentamente do que a última vez. Eu tirei os olhos do tabuleiro para dar uma olhada no rosto de Nobunaga.

(Ele realmente está concentrado no seu movimento. Eu não acho que ele escolheu o Go para nossa aposta simplesmente porque ele gosta.)

Miyu: “Ouvi dizer que você é um mestre. Você realmente deve gostar desse jogo.”

Nobunaga: “Sim.”

Sua resposta foi curta. Ele colocou sua pedra.

Nobunaga: “Você precisa de toda estratégia à sua disposição para tomar o território inimigo. Go e guerra são semelhantes. Exceto—“

Nobunaga: “Ninguém morre no Go. Você pode destruir um oponente forte inúmeras vezes.”

Nobunaga: “É um passatempo fantasioso, mas eu acho isso relaxante.”

(Parece que ele gosta de lutar repetidas vezes. Tendo estado em uma batalha, eu não vi nada atrativo nisso.)

Nobunaga de repente olhou para mim.

Nobunaga: “O que você está esperando?”

Miyu: “Hmm?”

Nobunaga: “É sua vez. Leve isso à sério.”

Miyu: “O-Okay!”

Eu voltei para o jogo, examinando o estado atual do tabuleiro.

(Ele realmente ficou bravo comigo! Ele ama mesmo esse jogo!)

(Tem algo a mais, também.)

Enquanto eu quebrava a cabeça com meu próximo movimento, eu novamente olhei de relance para Nobunaga.

Seu olhar estava fixo no campo de jogo. Ele segurava sua próxima pedra entre seus dedos, esfregando ela em antecipação.

(Ele está me tratando como um oponente sério, mesmo eu sendo só uma iniciante.)

(Logo quando eu pensei que estava conseguindo compreender ele--)

Então eu senti algo. Eu estava sorrindo? Eu decidi não olhar mais para o Nobunaga e focar no jogo.

Mas ele era bom, e mais cedo do que eu esperava, nosso jogo terminou.

Miyu: “Eu perdi.”

Nobunaga: “Sim perdeu.”

(Eu resisti por muito tempo, também!)

Eu mordi o lábio em decepção. Nobunaga me olhou intrigado.

Nobunaga: “Você está chateada por ter perdido?”

Miyu: “Claro. Estou nessa pra vencer!”

(Oh, mas até que não é tão ruim.)

Miyu: “Mas olha isso. Eu mantive alguns territórios no final! Viu? Aqui e aqui.”

Eu orgulhosamente apontei as regiões que havia defendido.

Nobunaga me deu o maior sorriso que eu já tinha visto ele dar.

Nobunaga: “Então você conseguiu. Você melhorou admiravelmente.”

Miyu: “Oh, obrigada.”

(Eu acho que fiquei um pouco empolgada ali. Eu realmente me perdi nesse jogo.)

Nobunaga: “Agora, chegue mais perto.”

Nobunaga estava encostado, me observando todo o tempo.

(Um trato é um trato.)

(Se ele tentar qualquer coisa obscena, eu ainda tenho a bomba de fumaça.)

Eu levantei, me aproximei dele devagar, e então me sentei ao lado dele.

Nobunaga passou um braço ao redor da minha cintura e me puxou para perto dele.

Nós estávamos cara a cara agora, e eu comecei a sentir que estava caindo em seu feitiço de novo. Ele inclinou a cabeça levemente—

Nobunaga: “Essa noite eu vou pegar isso.”

Com longos dedos, ele tocou o lóbulo da minha orelha.

(Oh, só minha orelha. Podia ter sido pior.)

(Não, espera. Eu sou muito sensível aí! Se ele tratar aí como fez com a minha mão, eu vou perder a cabeça.)

Nobunaga: “Você está ficando vermelha e eu nem comecei.”

Miyu: “Vermelha? Sim, certo. Eu—“

Os dentes dele se fecharam suavemente no meu lóbulo. Beijos e pequenas mordidas provocavam a curva da minha orelha.

Nobunaga: “Quieta. Eu estou aproveitando os frutos da minha vitória.”

Eu agarrei minha roupa, minhas unhas cortavam a palma da mão, enquanto seu lento ataque roubava minha réplica e todos meus outros sentidos.  Eu irradiava calor.

Nobunaga: “Você está me obedecendo essa noite. Que bom.”

Eu apertei meus olhos tão forte, que estava tudo distorcido quando abri de novo. Ao fazer isso, eu vi o sorriso de Nobunaga.

Mas seus olhos não estavam sorrindo. Eles estavam frios como a noite.

(De todas as decepções que ele me causou até agora, nesse momento, são esses olhos sem paixão que mais estão me corroendo.)

Eu não podia abandonar esse pensamento. Mas os beijos quentes do Nobunaga continuavam.

Eu gemi, sentindo que eu estava pegando fogo. Eu deixei meu corpo, que parecia ter uma mente própria essa noite, assumir o controle.


** Capítulo 2 completo **


❖ No próximo capítulo: (Seria ótimo se as coisas continuassem quietas assim até a hora de eu ir embora.)
Quanto mais tempo Nobunaga e eu ficávamos separados, melhor eu me sentia....ou era o que eu estava tentando me convencer.
Eu não podia acreditar, mas na verdade eu estava desejando vê-lo! Isso foi até ele fazer outra das suas exigências ridículas. “Eu espero me divertir muito ao seu lado.”





● Capítulo 2 (partes 1 a 5)- Pelo ponto de vista dele ●

(ATENÇÃO: Você só consegue ler essa parte do capítulo no jogo se estiver fazendo a rota do Nobunaga pela segunda vez e escolhido a opção de ler a rota pelo ponto de vista dele (conforme a figura abaixo). Isso só é possível nas partes de 1 a 5, a partir da parte 6, a história volta a ser narrada pela MC.)



✶ Parte 1 ✶

Miyu: “Espera—“

Eu pressionei o corpo da Miyu contra a parede. Eu passei meus dedos pela maciez de seus lábios rosados, contornando-os com meu polegar.

(A voz dela tem um som muito agradável. Eu quero ouvir mais. Mas por agora--)

Nobunaga: “Copos não devem falar. Agora, silenciosamente me deixe beber.”

Eu alcancei o copo que estava atrás, e segurei para Miyu que estava com os lábios abertos.

Eu derramei o líquido transparente, que brilhava na luz da lua, dentro da sua boca.

Nobunaga: “Você finalmente ficou quieta.”

(Essa é uma utilidade muito melhor para esses lábios.)

Miyu encontrou meus olhos, os seus próprios olhos estavam iluminados com um interesse cintilante.

Eu aproximei meus lábios aos dela, pronto pra beber—

Mas antes que eu pudesse, algo inesperado aconteceu.

Miyu engoliu o sakê com um som alto.

Miyu: “Acho que você vai ter que encontrar outro copo. Esse aqui está vazio.”

Por um momento eu fiquei boquiaberto.

Nobunaga: “Hah! Você é divertida, mulher.”

(Eu nunca tinha ouvido falar em um copo que bebe o próprio sakê!)

(Ainda assim, ela bebe bem. Ousada e sem restrição.)

Eu não pude segurar minha risada. O som ecoou alto pela noite.

(Exatamente como pensei. Essa mulher é especial.)

(Aquela noite, no incêndio de Honno-ji, MC ousadamente salvou minha vida.)

(Qualquer um que soubesse quem eu era teria feito isso em troca de recompensa ou favor.)

(Mas ela não desejou por nada. Não apenas isso, ela recusou minha oferta e fugiu!)

(Foi nesse momento que eu soube que a queria.)

.....

<Lembrança>

Nobunaga: “Seu único dever é ficar por perto. É isso que eu preciso de você.”

Nobunaga: “Você será meu amuleto da sorte enquanto eu unifico essa nação e tudo que for além.”

<Fim da Lembrança>

.....

Eu sabia que sorte era uma superstição. Contar com isso nesses tempos difíceis seria rapidamente provar o contrário.

(Eu a quero porque ela não tem medo. Isso chamou minha atenção. Eu quero ver as coisas que ela pode fazer quando é pressionada.)

Miyu me empurrou para trás.

Miyu: “Sim, bem, agora que você já deu uma boa risada, eu estou voltando.”

Nobunaga: “Ainda não”

Ainda havia um traço brilhante de sakê nos lábios da Miyu. Eu pressionei meu polegar contra eles.

O calor e a delicadeza daqueles lábios era muito convidativo para largar.

Nobunaga: “Eu não estou disposto a te deixar ir agora.”

Opções:

- “Mantenha suas mãos longe.” (escolhida) ✶
- “Você não se importa?”
- “Você realmente pensa—“

Miyu: “Eu não sou sua pra você ficar tocando, então mantenha suas mãos longe.”

(Que engraçada. Ela está me desafiando de novo.)

Nobunaga: “Eu não preciso que você seja minha. Eu só estou te pedindo para ser minha diversão da noite.”

Miyu: “Eu queria já estar de volta ao presente. Eu teria te mandado para prisão muito rápido!”

Nobunaga: “Que?”

Miyu: “Você não pode forçar uma mulher ou qualquer outra pessoa a fazer o que eles não querem. Você é perverso—“

Nobunaga: “O que você acabou de dizer?”

Miyu: “Você é um homem perverso e suas ações essa noite, não, nesses últimos dois dias tem sido—“

Nobunaga: “Antes disso. Você falou sobre voltar ao presente.”

(Eu pensei que seu aparecimento repentino no templo era estranho. Agora ela está trazendo a tona essa história absurda novamente.)

Eu esperei silenciosamente até Miyu começar a falar.

Miyu: “É como eu te disse antes lá no templo. Eu sou do futuro. Um acidente esquisito me mandou de volta para o seu tempo.”

Miyu: “E deixa eu te dizer, as coisas mudaram muito em 500 anos.”

(Ela realmente veio de 500 anos do futuro?)

Nobunaga: “Você está dizendo que isso não é só uma história?”

*Cáp. 2 -  (1/10) completo*



✶ Parte 2 

Nobunaga: “Você está dizendo que isso não é só uma história?”

Miyu: “Sim! Eu até tenho provas!”

Nobunaga: “Então me mostre.”

Miyu: “Ohh, só espere e verá!”

Miyu saiu correndo do tenshu, e voltou rapidamente.

Quando ela voltou, ela estava com uma sacola em formato estranho. Ela ofereceu aquilo para mim olhar.

Nobunaga: “Que sacola estranhamente ostentosa.”

(Isso parece couro tratado com pedaços de metal. Mas eu nunca vi nada com esse formato e construção antes.)

Miyu: “Esse tipo de ‘sacola’ é comum de onde eu vim. Mas olha o material. Eu aposto que você nunca viu algo assim.”

(Ela está certa.)

Minha curiosidade despertou, eu comecei a inspecionar a bolsa.

De todos os objetos que senti, um em particular chamou minha atenção. Eu o puxei pra fora.

Nobunaga: “O que é essa boneca misteriosa? Algum tipo de talismã?”

(Parecia um animal. Poderia ser para espantar pestes. O artesanato era perfeito e seu corpo era mais macio que qualquer roupa.)

(Os olhos eram como esferas de vidro, mas a textura estava errada. Do que ele era feito?)

Miyu: “Isso é um urso de pelúcia. Ele é macio e perfeito pra abraçar. Algumas pessoas o colecionam e os exibem também.”

Nobunaga: “Isso? Um urso? Ele parece mais um guaxinim ou outra peste.”

Miyu: “Ele é um urso, ele é muito fofo, e é seu trabalho espalhar amor e moda pelo mundo. Por isso eu o nomeei de Bearsace!”

Nobunaga: “Bearsace? Um nome incomum.”

Eu olhei para Bearsace, puxando suas patas macias e suas orelhas redondas.

(As costuras são resistentes e quase invisíveis. Esse é um trabalho de uma costureira muito habilidosa.)

(O que é estranho pra mim é como ele é macio e confuso.)

Miyu: “Enfim, eu tenho outras coisas aqui.”

Miyu: “Mas todas elas devem ser mais avançadas do que as coisas que vocês podem produzir aqui na sua era.”

Nobunaga: “É verdade.”

Depois de olhar para a sacola mais uma vez, eu coloquei ela e Bearsace no chão, e me virei para a Miyu.

Nobunaga: “Então me explique como você viajou até aqui de 500 anos do futuro.”

(Eu nunca tinha ouvido nada disso acontecer antes.)

Miyu: “Bem, pra começar, foi um acidente. Tinha essa fenda espacial, e eu tenho certeza que você não faz idéia do que seja.”

Miyu: “Na verdade não era realmente uma fenda. É como um túnel que conecta o tempo. E o tempo em uma extremidade estava comprimido, ou talvez acelerado?”

(Uma fenda espacial? Entendo. Um túnel sugere a possibilidade de isso ser um tipo de fenômeno natural.)

Miyu: “Enfim, a fenda apareceu e eu caí nela. Bem, eu não caí na verdade. Tudo ficou distorcido e branco, e eu me senti tonta.”

(Então o ato de viajar no tempo é um ataque aos sentidos?)

Miyu estava usando o seu corpo para demonstrar fisicamente a experiência. Eu ouvi interessadamente em silêncio.

A hora que ela terminou, eu já havia juntado a maior parte da história.

Nobunaga: “Eu acho que eu entendi.”

*Cáp. 2 – (2/10) completo*



✶ Parte 3 

Nobunaga: “Eu acho que eu entendi.”

Miyu: “Você entendeu isso? Verdade?”

Nobunaga: “Eu tenho uma idéia básica.”

(Como Miyu não entendia totalmente o mecanismo, eu podia apenas abreviar. Mas em resumo--)

Nobunaga: “Essa fenda espacial é uma ocorrência anormal no mundo natural. Você entrou em uma extremidade e passou até aqui, correto?”

Miyu: “Sim.”

Nobunaga: “E isso é viagem no tempo, uma jornada que não tem intervalo de distância, mas de espaço e tempo.”

Nobunaga: “É considerado fantasioso mesmo no seu tempo, mas de alguma forma você realizou isso.”

Nobunaga: “Eu compreendi tudo?”

Miyu: “É isso. Estou impressionada.”

Miyu estava olhando pra mim.

Miyu: “Você acredita em mim agora?”

Nobunaga: “O que há pra acreditar? Você está dizendo a verdade.”

Eu peguei o segundo objeto mais interessante da sacola. Um dispositivo fino e perfeitamente retangular com um lado refletor.

Nobunaga: “Essa forma parece ser baseada em um molde. Eu imagino que isso é um item comum.”

Nobunaga: “O material parece metal, sem nenhuma textura de ferro ou lata. Meu mundo não pode produzir algo assim.”

(A história dela poderia ser absurda, mas as provas eram evidentes.)

MC: “E isso é suficiente pra você? Você aceita que eu viajei 500 anos no passado pro seu tempo?”

(Sobre o que ela está falando?)

Nobunaga: “Você quer ser acreditada ou não?”

Miyu: “Oh, eu quero. Mas você está menos chocado do que eu estava quando descobri.”

Nobunaga: “Eu falei bastante com um missionário português. O ocidente tem um sistema diferente de nós para contar o tempo.”

Nobunaga: “Seus dias são divididos em 24 horas de igual comprimento. Ele também disse que a Terra é redonda. Até agora suas explicações fizeram sentido.”

Eu me lembro do breve pânico que eu senti quando ouvi Lu.

Nobunaga: “Apesar de serem bárbaros, seus estudos escolares são mais avançados que os nossos.”

Nobunaga: “Além do vasto oceano encontra-se mais conhecimento que eu ainda tenho que entender.”

(Existem muitas coisas que eu não sei, muitas maravilhas que eu ainda não vi.)

Nobunaga: “Parece lógico que em 500 anos no futuro seja o mesmo.”

Nobunaga: “Por que eu deveria duvidar da possibilidade de viajar no tempo se eu não posso negar isso concretamente?”

A expressão da Miyu mudou para um sorriso pensativo.

(Com o que ela me contou, um olhar de confusão se adapta melhor a sua situação.)

(Afinal  de contas, agora ela está em uma situação bem difícil.)

Nobunaga: “Você vai retornar ao seu tempo?”

Miyu: “Sim, eu vou. Outra fenda vai abrir em 3 meses.”

Miyu: “Eu não tenho certeza, mas eu acho que vai ser em Kyoto, onde eu cheguei.”

Nobunaga: “Bom. Nesse caso—“

Me inclinando confortavelmente contra meu descanso de braço, eu sorri pra ela.

Nobunaga: “Se você deseja partir e ir para Kyoto em 3 meses, você deve fazer uma aposta comigo.

(Eu pensei em uma maneira excelente de manter essa mulher fascinante ao meu lado.)

*Cáp. 2 – (3/10) completo*




✶ Parte 4 

Nobunaga: “Se você deseja partir e ir para Kyoto em 3 meses, você deve fazer uma aposta comigo.

(Eu pensei em uma maneira excelente de manter essa mulher fascinante ao meu lado.)

Eu observei Miyu como um falcão encarando sua presa.

Nobunaga: “Você conhece Go?”

Miyu: “O jogo de tabuleiro com as peças preto e branco? Eu já ouvi falar nele, mas nunca joguei.”

Nobunaga: “Eu vou te ensinar. E então, quando eu pedir, você e eu devemos jogar.”

Nobunaga: “Se você conseguir me derrotar em apenas um jogo, eu vou cuidar pessoalmente para que você chegue a tempo em Kyoto para sua fenda espacial.”

Miyu: “Isso não soa ruim.”

Miyu sorriu.

Mas só por um segundo. Agora ela estava franzindo a testa, e havia suspeita em sua voz.

Miyu: “E se eu não ganhar um único jogo?”

(Ela é prudente, o que é bom. Isso significa que ela não é boba.)

(Mas eu tomei minha decisão, e eu vou continuar com ela.)

Nobunaga: “Toda vez que você perder um jogo, eu vou adquirir uma parte do seu corpo como minha.”

Nobunaga: “Isso significa que eu serei livre para tocar ou beijar isso.”

Nobunaga: “Eu não teria nenhum prazer em usar a força.”

Nobunaga: “Então eu farei você se submeter a mim voluntariamente, parte por parte, até eu conquistar você completamente.”

Miyu: “Se é assim que vai ser, então eu não vou aceitar sua aposta.”

(Eu já sabia que você iria dizer isso.)

Nobunaga: “Se você não concordar, você não irá voltar em 3 meses. Eu vou te trancar nas profundezas das masmorras de Azuchi e te deixar lá.”

Eu estava satisfeito com a maneira que Miyu me encarou.

Miyu: “Você está me ameaçando? Como isso é justo?”

Nobunaga: “Não é. Naturalmente.”

Miyu: “E se eu decidi que eu prefiro estar trancada nas masmorras?”

Nobunaga: “Isso iria me decepcionar. Você é a primeira mulher a me recusar ou gritar comigo. Eu quero você.”

Miyu: “Você vai parar quando eu te pedir pra parar? Toda vez?”

Nobunaga: “Uma condição intrigante. Muito bem, eu aceito.”

(Se fosse muito fácil, então não teria nenhuma razão.)

(Eu vou domar essa moleca que continua me desafiando.)

Nobunaga: “Agora, se você quiser voltar para o seu tempo, assuma o risco e me desafie, Miyu.”

Miyu: “Tudo bem. Mas não tenha tanta certeza que vai ganhar.”

O rosto da Miyu mostrava determinação.

(Ela planeja vencer! Eu gosto do seu espírito.)

Meu coração balançou com o fogo em seus olhos.

Nobunaga: “Vamos começar o primeiro jogo.”

Miyu: “Não podemos começar agora! Eu não sei as regras!”

Nobunaga: “Eu disse que vou te ensinar. Tem dois lados, preto e branco. Você joga colocando as peças no goban, o tabuleiro, em seqüência—

Eu peguei meu tabuleiro e as vasilhas e os coloquei diante da Miyu.

Ela estava sentada de forma rígida, ouvindo minha explicação sobre o jogo.

Nobunaga: “Quem conseguir o maior número de pedras e possuir a maior parte dos territórios ganha no final. Você entendeu?”

Miyu: “Eu acho que entendi a maior parte.”

Nobunaga: “Então vamos começar.”

Pegando o lado preto como de costume, eu firmemente coloquei minha primeira pedra no canto do tabuleiro.

Com dedos delicados, Miyu pegou sua primeira pedra e a colocou no canto oposto.

O som das pedras suavemente batia contra o tabuleiro preenchendo a noite vazia. Então, os sons pararam—

Nobunaga: “Eu venci”.

*Cáp. 2 – (4/10) completo*



✶ Parte 5 

Nobunaga: “Eu venci”.

(Eu a aplaudo por ter jogado tão agressivamente.)

Miyu não conseguiu reter um único território.

Miyu: “É claro que você ganhou! Eu sou completamente novata! Não passou pela sua cabeça pegar leve comigo?”

Nobunaga: “Eu nunca pego leve com ninguém.”

Nobunaga: “Nem em Go, e nem na batalha.”

(Seria chato se eu pegasse leve, e você iria concordar.)

(Agora, por onde devo começar?)

Meus olhos pararam nos dedos longos e finos da Miyu.

Nobunaga: “Uma promessa é uma promessa. Essa noite, eu acho que vou pegar isto.”

Eu peguei o pulso direito da Miyu e o trouxe até mim.

Miyu não fechou os punhos ou os afastou. Sua mão estava suavemente na minha.

Nobunaga: “A partir de hoje à noite, sua mão é minha.”

Eu pressionei seu dedo indicador contra meus lábios, então gentilmente mordi a ponta do seu dedo.

Ela começou a fazer um som, o ar escapou de seus lábios.

Aqueles lábios que haviam falado tantas palavras desafiadoras estavam agora tremendo para segurar a respiração.

(Você acha que pode agüentar, não é?)

(Então eu vou apertar o cerco.)

Eu beijei a palma da sua mão e senti o braço dela se mover em resposta.

A mão da Miyu, fria pelo ar da noite, estava se aquecendo por minha causa.

Miyu: “Eu acho que já é o suficiente.”

Nobunaga: “Por quê?”

Miyu: “P-porque—“

Eu pressionei meus dentes contra o seu dedinho. Com ele preso na minha boca, eu lambi ele insistentemente com a ponta da minha língua.

As bochechas da Miyu estavam vermelhas, e ela fechou os olhos bem apertados.

Miyu: “Mmm!”

(É assim que um pássaro parece quando chora?)

Miyu parece ter percebido o que ela fez. Ela cobriu sua boca com a outra mão.

Nobunaga: “Eu acho que agora vejo o porquê.”

Miyu: “N-Não! Não é o que você está pensando!”

(Eu não vou aceitar desculpas.)

(Eu vou te domar vagarosamente até a sua rebeldia desaparecer.)

Depositando beijos finais nas unhas rosadas da Miyu, eu a soltei.

Nobunaga: “Eu estou pensando sobre onde eu gostaria de reivindicar o próximo.”

Os olhos da Miyu se arregalaram momentaneamente com interesse, mas então ela fechou a cara.

Ela levou a mão contra o peito e olhou pra mim.

Nobunaga: “Eu me pergunto. Eu vou te tomar toda, ou você vai escapar?”

Miyu: “Eu posso te assegurar que as coisas não vão ser do seu jeito!”

Nobunaga: “Esse é o espírito. Continue lutando.”

(Eu não estaria interessado se você desistisse tão facilmente.)

Nobunaga: “E melhore seu jogo, Miyu.”

Miyu: “Eu não preciso que você me diga isso. Boa noite!”

Seu rosto estava vermelho enquanto ela se levantava.

Eu observei enquanto ela saia do quarto—

Mas ela parou na porta.

Miyu se virou, parecendo amargurada.

Miyu: “Eu iria dizer isso antes, mas obrigada por salvar minha vida.”

Nobunaga: “Que?”

Miyu: “Mas não fique convencido, porque eu vou ganhar o próximo jogo!”

Com aquelas palavras guspidas pra fora rapidamente, ela saiu.

Nobunaga: “Ela veio até aqui pra me agradecer?”

Nobunaga: “Me agradecer com tanta raiva em sua voz. Que mulher estranha.”

Eu voltei para a varanda e peguei meu copo do parapeito.

(Aquilo foi divertido, mas a noite ainda não acabou. E as noites são muito longas.)

Um silêncio mortal caiu sobre o tenshu, e meu bom humor lentamente desapareceu.

Por trás das pálpebras dos meus olhos havia fogo. O castelo que eu havia incendiado essa noite ainda queimava em minha mente.

(O sono essa noite vai estar muito longe de mim novamente?)

Eu raramente durmo, mesmo assim nunca estou cansado.

Quando eu durmo, não sonho, e eu acordo de madrugada.

(É o mesmo tédio toda noite. Talvez eu devesse ter exigido que ela fosse minha parceira afinal de contas?)

(Não. Isso não faria minha noite mais agradável.)

(Ao invés disso eu vou fazer com que aquela mulher impertinente queira se dar pra mim.)

Eu tenho passado toda noite sem dormir preso em um silêncio monótono, mas as coisas seriam diferentes agora.

Toda vez que a noite parecer muito longa, eu chamarei a Miyu. Por uma razão que eu não podia nomear, o pensamento me agradava.

........

Na manhã seguinte, enquanto Miyu terminava de se vestir, havia uma voz atrás da porta.

???: “Com licença Miyu. Posso entrar?”

Dizendo aos visitantes que eles podiam entrar, ela se virou para olhar pra eles.

Mitsunari: “Bom dia. Eu ouvi sobre a aposta.”

Hideyoshi: “Você tem bastante coragem em desafiar Lorde Nobunaga em um jogo de Go.”

*Cáp. 2 – (5/10) completo*

**O capítulo continua pela parte 6 normalmente**




Traduzido e editado por:  Lu Uesugi (Lucien's wife) 

3 comentários:

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